terça-feira, 22 de março de 2011

Cultivando a gratidão nas crianças

Adaptado e traduzido livremente do texto de Carrie Dentley: http://theparentingpassageway.com/2010/11/14/back-to-basics-cultivating-gratitude-in-children/

Uma das reclamações que ouço frequentemente dos pais é que seus filhos parecem não apreciar as coisas nem saber expressar, prontamente, sua gratidão. Pais tem me contado histórias sobre como seus filhos pequenos só querem, querem, querem e querem, e como eles sentem raiva e tristeza se perguntando onde foi que erraram, pois seus filhos nunca estão satisfeitos.

Isso é difícil, e para começar é bom observar como você mesmo se sente sobre as emoções negativas que seu filho(a) expressa de forma geral. Estas emoções fazem com que você se depare com suas próprias questões? Comumente, quando uma criança faz algo que realmente nos irrita, existe uma razão do nosso próprio passado, da nossa própria “bagagem”, o que torna a questão uma espécie de gatilho.

Como você mesmo modela a gratidão na sua família? Existe uma atitude geral de contentamento ou você está sempre procurando por mais ou por coisas maiores e/ou melhores? Você é uma pessoa que reclama muito?

O que você faz todos os dias para ATIVAMENTE ser um modelo de conduta quanto à gratidão? Você agradece antes das refeiçoes? Você ora ou diz obrigado pelo que tem? Você reconta as coisas boas pelas quais você está grato e feliz antes de dormir?

Como é seu ambiente? É simples ou cheio que COISAS? Quantos brinquedos tem seu filho(a)? Pode ser que seja demais, mesmo que sejam apenas brinquedos “naturais”.

Qual a idade do seu filho(a)? Dos três aos seis anos (ou mesmo antes!!) pode ser difícil levá-los a lojas, pois eles podem não compreender que você não tem condições de comprar X, Y ou Z, então aconselho sair para as compras sozinho.

Você consegue apenas “refletir” os desejos dos seus filhos? Por exemplo, quando eles querem algo, responder “Eu também gostaria de algo assim” ou “É verdade, isso seria divertido”. Com frases simples assim você faz com que seu filho(a) saiba que foi ouvido, sem ter que entrar nos méritos do que ele(a) quer. O que eles querem pode ser, então, anotado numa lista de aniversário ou de Natal.

Que histórias você pode contar para trazer um componente de cura a toda esta questão? Existem algumas boas opções entre os contos dos Irmãos Grimm.

Você faz parte de uma comunidade espiritual que pode realizar atos de caridade? Até mesmo as crianças pequenas, dentro de um contexto de uma comunidade forte e acolhedora, pode realizar atividades de caridade (como participar na coleta de brinquedos e comida, por exemplo). Lembre-se que a questão não é falar sobre isso, mas FAZER.

Como está o nível de atividade física da criança? Como ela ajuda em casa e contribui para o bem estar do lar e da família? Eu acredito que crianças que tem tempo para querer, querer e querer provavelmente não estão usando sua energia física o suficiente! Também reflita sobre o calor que esta criança vem recebendo, a quantidade de escolhas que é forçada a fazer e o ritmo do seu lar.

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